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Após uma pequena terça-feira
Após uma pequena terça-feira

Após uma pequena terça-feira

Jonas Caeiro

 

Eu assisto o perigo em mãos, nuas,

Querendo sobreviver neste tempo feio,

Acreditando no sol a queimar hoje,

O alegre que cresça em mim.

 

A febre ainda é bem apreciada,

Pelo o futuro caído nesse poema,

Que balança às vezes a fúria,

De todas as poesias não lidas.

 

Ignoro teus leais feitos,

Que são únicos defeitos aqui,

Vestindo de pobreza a tua fala,

Assassinando a sua falha de memória.

 

A miséria nascida na pancada,

Intimando a época falha da riqueza,

De que não quer ler nem estudar,

Toda beleza da obra de arte criada.

 

Após uma pequena terça- feira,

Que é primeiro dia de resseca,

Do pior lembrar os goles poucos,

Em um levantar de felicidades.

 

Iria te chamar neste desastre,

Pra reclamar a mente tão cansada,

Que ainda fez esquecer-se de nós,

Na luta contra o raro conhecer.

 

Desperdiço meu silêncio neste escrito,

Na espera da décima chance,

Desse encontro de trocas,

Vendo os olhos dos pássaros.

 

Tive que evitar os loucos varridos,

Na minha aflição em espinhos,

Criadas no jardim em flores,

Que nascerá todo medo dito.

 

Perdidos sempre estarão em linhas,

Nascendo belos versos nas páginas brancas,

Deste inimitável poeta nato,

Que cresce a cada dia com fracasso.

 

Quanta verdade escreve em folhas,

Pra achar tanta essa paz,

Que não quer mais sofrer,

Olhando o segundo correr.

 

Não é muito belo o odor da dor,

Lendo mil vezes este sentimento,

Deixado no papel neve aqui,

Recordando sempre o passado.

 

Outro dia li sem perder mais tempo,

Assistindo tudo esse lamentar,

Querendo apenas um toque das mãos,

Em meu corpo safado nessa tristeza.

 

Depois de haver perdido tudo,

Fizeste mais de mil escritos,

Neste importante movimento,

Nunca lido e nem visto por você.